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Sociedade

FAP ALERTA SOBRE AUMENTO DA MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA NA GUINÉ-BISSAU

todayMaio 6, 2024 13

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A presidente da Fundação Ana Pereira (FAP), Maimuna Silla, alertou a sociedade guineense sobre aumento dos casos da mutilação genital feminina na Guiné-Bissau nos últimos tempos com base nos critérios científicos que a FAP teve acesso.

“É baseada nos últimos indicadores múltiplos que nos conta de um acréscimo de número de casos de mutilação genital feminina, ou seja, trata-se de uma avaliação nos critérios científicos, uma vez que houve estudos que foram feitos que nos dão conta realmente desse aumento dos casos que é de lamentar”, disse.

“Estamos perante um flagelo, talvez um dos mais horrendos em nível da Guiné-Bissau e, é preciso que todos nós tomemos consciência do nosso compromisso na luta pela erradicação da mutilação genital feminina no país”, afirmou Maimuna Silla.

Silla falava aos jornalistas numa ação de formação sobre a Mutilação Genital Feminina dirigida aos estudantes dos cursos de Direito e Saúde, que decorreu esta semana nas instalações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), em Bissau.

 

Aos jornalistas, Silla, advogado da profissão, assegura que a FAP, desde a sua fundação em 2018 tem lutado de forma árdua para contribuir para eliminação da Mutilação Genital Feminina.

 

“Tem vários estudos e todos os seus projetos tem sempre esse propósito de sensibilizar com vista a eliminação da Mutilação Genital Feminina, ou seja, todos os projetos da FAP tem sido essa preocupação”, acrescentou.

 

Esta ação de capacitação foi organização entre a ANP e o Comité Nacional para o Abandono de Práticas Nefastas a Saúde na Mulher e Criança (CNAPN). As organizações têm travado uma luta contra esta prática.

Confrontado com acréscimos dos novos casos, a presidente do CNAPN, Marliatu Djaló, lembra que é fundamental o cumprimento efetivo das leis existentes que criminalizada esta prática.

 

“É preciso um cumprimento efetivo das leis existentes, porque desde 2011 que a Mutilação Genital Feminina é criminalizada através de uma lei específica, mas isto não significa que antes de 2011 a Mutilação Genital Feminina não seja um crime, mas foi especificada através de uma lei especifica”, explicou Marliatu Djaló.

 

“Aplicabilidade desta lei e das outras leis esta a quem das expetativas dos ativistas que lutam para o fim da Mutilação Genital Feminina”, disse.

Perante este cenário, a presidente CNAPN, alerta que é preciso um engajamento sério da aplicabilidade efetiva das leis existentes no país no sentido de banir esta prática.

A Mutilação Genital Feminina é considerada crime na Guiné-Bissau desde 2011, mas relato do CNAPN indicam que a pratica ainda é feita em várias comunidades do país, embora seja as escondidas.

Por: Redação

Por: mileniofm

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