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Masta Tito, cujo nome verdadeiro é Tito Marcelino Morgado, natural de Buba, Sul do país, é sem dúvida um dos mais emblemáticos rappers da intervenção, crítico aos regimes opressivos e, quiçá, dos mais ousados rappers guineenses. Masta Tito, voltou ao mercado e ainda mais forte, mais clarividente, mas ao seu estilo, mesmo após alguns anos longe dos palcos. Para surpresa de muitos, Tito lança seu mais novo álbum intitulado “Nkana Kala” que se encontra disponível nas plataformas digitais e como de costume, o álbum é recheado de conteúdos da intervenção crítica, comprometido a manter-se como voz dos oprimidos. Vai além e tenta mais uma vez desmantelar um estado despótico.
Nkana Kala ou, em português, não me autocensuro, é um álbum com dez (10) faixas musicais e um vídeo clipe. As músicas trazem estilos tais como: Rap como Drill, Bombap, Underground e DrillTrap, mas, os conteúdos são direcionados a situação política guineense, onde se vive, num governo despótico, um regime corrupto, um regime de clientelismo e nepotismo. Desta feita, o rapper, mais uma vez traz a tona todas as farsas dos líderes políticos que têm vindo a oprimir o povo, ao invés de o servir. Por outro lado, o rapper como sendo um servidor público, sendo a voz do povo, chama atenção a todas as forças vivas da nação para que estejamos vigilantes ao estado da nação guineense, visto que o país tem tido, durante vários anos, líderes tiranos, líderes que prezam mais pelos seus próprios caprichos e dos seus serviçais. Portanto, as músicas do novo álbum do rapper, Masta Tito, retratam justamente a atual situação política da Guiné-Bissau.
Importa sublinhar que Masta Tito iniciou a sua carreira musical desde 2002. No entanto, Tito conta com mais de duas décadas de comprometimento a uma causa, denunciar todos e qualquer regime opressivo, bem como enfrentar qualquer tentativa de implementação da ditadura no solo pátrio de Cabral. O que Masta Tito tem vindo a fazer na música causa muito desconforto aos opressores e aos militares corruptos, o faz dele um osso duro de roer. Sem papás na língua, sem medo e muito determinado, Masta Tito, enfrenta regimes utilizando a arte, neste caso, músicas de intervenção para chamar os opressores do povo guineense a razão.
O rapper recentemente desvinculou-se do partido Luz. O partido que havia apoiado nas últimas eleições Legislativas, tendo sido candidato a deputado no seu círculo, em Buba. Entretanto, no anúncio da sua saída, o rapper alegou às divergências entre os ideais que o motivara a militar, e o curso que a direção seguiu depois.
Written by: mileniofm
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